RESPIRAR
Respirar é assimilar o poder do ar; se o ar é símbolo do espírito do sopro (Ruah, o Espírito de Deus incubado nas águas primordiais do Gênesis), respirar será assimilar um poder espiritual. Os taoistas admitem que a respiração é governada pelo coração.
As duas fases respiratórias são a abertura e o fechamento da porta do Céu.
*...Os monges desenvolveram métodos que podem nos ajudar a viver sempre e em qualquer lugar a partir do encontro com Deus. É a chamada oração interior que está presente dentro de nós e que jamais nos pode ser tirada – a ruminatio – que consiste em ruminar ou repetir sempre o mesmo versículo de um salmo ou a mesma oração de Jesus.
“Senhor Jesus Cristo, filho de Deus, tem piedade de mim!”
Adaptada como ritmo de respiração de cada um. Ou, somente o Nome de Jesus, que pode estar ligada a expiração.
...Assim, com o passar do tempo, esta oração produz uma profunda paz interior e uma alegria silenciosa acerca de Deus.
...A oração de Jesus aspira confiança de que este Jesus Cristo esteja em mim. – Ele não é aquele que viveu no passado distante, mas está em mim.
...Ao inspirar, deixemos fluir a respiração em nosso coração e, na respiração, sintamos a presença de Deus mesmo no coração.
– Cristo está em mim –
Pelo calor que a respiração gera no coração, posso perceber a sua presença misericordiosa e plena de amor. – Sentir a respiração no coração alivia a mente, evitando que a gente se disperse.
No coração acalentado pela respiração, podemos atingir a paz em Jesus Cristo.
...O meu coração é tocado por Cristo. Nele sinto o calor.
...Quando expiramos, devemos deixar que Jesus Cristo mesmo atravesse todo o nosso corpo (use a sua imaginação), através da nossa respiração. Deixemos que o espírito misericordioso de Jesus penetre todos os nossos sentimentos os quais possuem sua sede nos órgãos internos. Devemos também permitir que este espírito entre em nossos instintos.
Quando o Espírito de Cristo flui em todas as partes do nosso interior, então podemos reconciliar-nos com tudo aquilo que se encontra em nós.
...Depois de termos expirado, atingimos um breve momento no qual nada ocorre e no qual não expiramos nem inspiramos. Este momento é decisivo, é o momento de esquecer de mim mesmo e me abandonar a Deus – me desprender de mim mesmo. É o momento de nos deixarmos cair nos braços misericordiosos de Deus.
...Quando a oração está dentro de mim, também Jesus está dentro e mim e comigo. ...E, este encontro dá um sabor totalmente diferente à minha vida.
...A oração de Jesus desperta forças dentro de mim que até então estavam soterradas sob o peso do meu trabalho e preocupações...*
*(Extraído de: “ A Oração como Encontro” – Anselm Grün)
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